Primeira edição do Lupa – Festival de Videoclipes encerrado com premiação

16/07/21

Ontem, encerrou o Lupa – Festival de Videoclipes, tendo como base para inscrições de videoclipes, exibição de selecionados e votação do júri popular, site desenvolvido e hospedado pela Sítio Eletrônico.

O projeto é da OSC Sempre Viva, a identidade visual de Ghan, contabilidade de Fabi Padilha e a assessoria de imprensa de Bruna Paulin.

Abaixo, veja o release oficial:

Lupa – festival de videoclipes premia seis obras

Primeira edição do projeto vencedor do Edital Criação e Formação Diversidade das Culturas, realizado com recursos da Lei Aldir Blanc nº 14.017/2020, divulgou os vencedores na noite desta quinta-feira, 15 de julho

Thays Prado, André Paz, Adriana Deffenti, Kelvin bohm, Agnes Mariá, Fabiano Nasi e Lucas Koteck foram os vencedores da noite

Foram anunciados na noite desta quinta-feira, 15 de julho, os vencedores da primeira edição do Lupa – Festival de Videoclipes. O evento premiou seis das 30 obras finalistas com valores entre R$ 1.500,00 e R$ 4.000,00. Foram escolhidos pelo júri os clipes Vals de los Abuelos (Thays Prado), Açúcar (André Paz), Controversa (Adriana Deffenti), Tanto Faz (Kelvin bohm) e Pai nosso (Agnes Mariá). O prêmio de votação popular foi para Boca Suja, de Fabiano Nasi e Lucas Koteck, com 4.713 votos. Com direção de Leonardo Stein, a produção traz uma música instrumental que surpreende com uma narrativa imagética em seu roteiro e recebeu prêmio de R$ 1.500,00.

Pai Nosso, de Agnes Mariá, foi o 5º lugar, com prêmio de R$ 1.500,00. Produzido em 2020, foi filmado em Porto Alegre e Alvorada, no Parque da Solidariedade, inspirado na obra “Pele negra, máscaras brancas”, de Frantz Fanon, e nos traz uma análise crítica da alienação do negro como fenômeno socialmente construído, e coloca a história, esta história, como forma de reconstrução identitária.

Em quarto lugar, Tanto Faz, uma produção da cidade de Santa Rosa. O clipe conta uma história de amor diferente e cheia de lembranças neste mundo paralelo que é a saudade deixada pelas perdas pelas quais passamos, inclusive dos pets. O vídeo recebeu prêmio de R$ 2.000,00.

Controversa é o vencedor do terceiro lugar do festival. Produzido em 2020, o clipe de canção de Adriana Deffenti conta com atuação da cantora e compositora e também da multiartista Valéria Barcellos, recebendo prêmio de R$ 2.500,00.

O segundo lugar do Lupa foi para Açúcar, de André Paz. Gravado em Porto Alegre em 2021, explorando as diferentes possibilidades da linguagem cinematográfica, o videoclipe retrata o universo particular dos ingredientes que temperam a vida cotidiana. Paz recebeu o prêmio de R$ 3.000,00.

E o grande vencedor da noite foi o clipe Vals de los abuelos, de Thays Prado. Produzido durante o último ano para para compor imageticamente a faixa gravada pré-pandemia. Diante da impossibilidade de convivência, a cantautora homenageia seus avós, de origem uruguaia (daí o nome e o idioma da canção), e estende esta homenagem para os avós do seu grupo de amizades, que gentilmente enviaram fotos de suas famílias para a criação de um clipe que utiliza a projeção analógica e a manipulação manual das imagens, combinadas com edição digital. Thays levou para casa o prêmio de R$ 4.000,00.

O festival recebeu 346 inscrições que resultaram em 30 selecionados que foram para votação do público e eleição do júri. O Lupa – festival de videoclipes tem como objetivo dar visibilidade à produção de videoclipes produzidos a partir de 2019, no território do estado do Rio Grande do Sul. O projeto, promovido pela OSC Sempre-Viva, da cidade de Santa Rosa/RS, sob a coordenação geral e produção executiva da GAIA PRODUÇÃO CULTURAL, é vencedor do Edital de Criação e Formação – Diversidade das Culturas da Lei Aldir Blanc no estado do RS.

Esta primeira edição do festival abrangeu 45 municípios, representando 9% das cidades do RS. De acordo com o coordenador do projeto, Fernando Keiber, “as inscrições foram um sucesso, reforçando a nossa tese de que o setor do audiovisual, ligado à música, tem uma produção expressiva e clama por atenção. Os tempos de pandemia têm sido ao mesmo tempo que um agravante na situação econômica, um impulso para a criatividade”. Porto Alegre foi o município com o maior número de inscritos, com 159 vídeos enviados. Em segundo lugar vem Pelotas, com 40 videoclipes inscritos; Canoas, 23; Caxias do Sul, 14; Santa Maria, 11; e, empatados com 8 clipes inscritos cada uma, Alvorada e Santa Rosa, a cidade sede da proponente do Lupa, a OSC Sempre-Viva.

O Lupa contemplou entre os inscritos os mais diversos gêneros musicais, tendo sido formado um mosaico muito interessante, com destaque em quantidade de inscritos aos mais variados estilos do Rock (85 inscrições), nos gêneros do rap e hip hop (49), entre baladas de todas as nuances (33), nativista e gauchesca (26 inscrições) além de gospel, fado, MPB, funk, música erudita, sertanejo, soul, bolero, sambas de todas as cores, pop, disco, dance, entre outros. “Um ponto que chama a atenção é a quantidade de inscritos com a categoria videodança, apontando para a necessidade de atenção para este estilo e público específico”, conta Keiber, que também é um dos curadores. A curadoria, formada por Keiber, Lanza Xavier, Henrique de Freitas Lima e Alexandre Mattos.

O LUPA – festival de videoclipes do Rio Grande do Sul é realizado pela Organização da Sociedade Civil Sempre-Viva e financiado pela lei nº 14.017/2020 – Lei Aldir Blanc, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura, Governo do Estado do Rio Grande do Sul e a Fundação Marcopolo.

Lupa – festival de clipes – vencedores

1º Lugar – R$ 4.000,00 – Vals de los Abuelos – Thays Prado

2º Lugar – R$ 3.000,00 – Açúcar – André Paz

3º Lugar – R$ 2.500,00 – Controversa – Adriana Deffenti

4º Lugar – R$ 2.000,00 – Tanto Faz – Kelvin bohm

5º Lugar – R$ 1.500,00 – Pai nosso – Agnes Mariá

Júri Popular – R$ 1.500,00 – Boca Suja – Fabiano Nasi e Lucas Koteck

Curadores

ALEXANDRE MATTOS é natural de Pelotas, é produtor cultural e realizador audiovisual Membro-fundador da produtora Moviola Filmes, tendo produzido vários filmes e documentários. Atualmente, participa do Laboratório de Narrativas Negras para Audiovisual da FLUP em parceria com a Rede Globo, onde foi selecionado para desenvolvimento de argumento da série “Sal e Sangue”, também foi selecionado para participar do curso EAD Projeções –Linguagem e Processos Criativos no Cinema Brasileiro Contemporâneo do Itaú Cultural. Durante doze anos integrou a Banda Auto Retrato, participando shows, festivais, gravando videoclipes e compondo.

FERNANDO KEIBER é produtor cultural, professor e músico. É formado em música pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL – 1992); Leitura e Transposição e Harmonia e Improvisação no Conservatório de Música de Pelotas. Atuou como coordenador do Setor de Tomada de Contas da Lei de Incentivo à Cultura – SEDAC/RS (2005 a 2009). Atualmente é conselheiro fiscal da Associação dos Produtores Culturais do Estado do Rio Grande do Sul – APCERGS, proprietário da Gaia Cultura & Arte, empresa especializada em planejamento e gestão de projetos culturais, coordenador do Musicanto, presidente do Conselho Municipal de Política Cultural de Santa Rosa, gestão 2020/2022,presidente da Comissão Municipal e Incentivo à Cultura – CMIC de Santa Rosa/RS e gestor administrativo e financeiro da Organização da Sociedade Civil Sempre-Viva.

HENRIQUE DE FREITAS LIMA DIRETOR é roteirista, Produtor de Cinema e Televisão e Consultor e Advogado especializado em Cultura, Esportes e Terceiro Setor, nascido em Sobradinho, RS, em 27/10/1959. Dirigiu os longas metragens TEMPO SEM GLÓRIA (1984), LUA DE OUTUBRO (1997), CONCERTO CAMPESTRE (2003), DANUBIO (2010), CONTOS GAUCHESCOS (2012) e ZORAVIA (2018), os curtas em 35 mm A HORA DA VERDADE (1988) e O MACACO E O CANDIDATO (1990), e a Série de Televisão PORTEIRA ABERTA (2004), entre outros. Foi Membro Fundador e 1o Presidente da Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos do RGS – APTC/RS, Conselheiro do Conselho Nacional de Cinema – CONCINE (1986/1989) e Membro Fundador e 1o Presidente da Associação dos Produtores Culturais do RGS – APCERGS. Sócio Proprietário e Diretor da Cinematográfica Pampeana, fundada em 1995. É advogado e Sócio Gerente da Freitas Lima Consultores Associados S/C, fundada em 2007 e participa de Conselhos da Academia Brasileira de Artes Audiovisuais e API Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro.

LANZA XAVIER possui graduação em Comunicação Social pela Universidade Católica de Pelotas (2003) e mestrado em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2006). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de Pelotas nos cursos de Cinema de Animação e Cinema e Audiovisual. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Cinema, atuando principalmente nos seguintes temas: produção e autoria cinematográfica, cinema gaúcho, políticas públicas para o audiovisual e acompanhamento de egressos. Responsável pelas disciplinas de Introdução à Linguagem Audiovisual, Direção de Produção, Produção Executiva e Projeto em Audiovisual I e II. Integra a equipe da Diretoria do FORCINE, Gestão 2021-2022. Doutoranda em Educação pela UFPEL. Mãe do Theo (9 anos) e da Nalu (5 anos).

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